"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer." Fernando Pessoa
22/11/2012
Carta aberta à E.
Disse-me a tua advogada, que não abriu a boca para te defender, que tens um currículo social vasto e difícil. Que tens história de abandonos, que não sabes gerir os teus impulsos e a tua raiva. Pois é, não conheço ninguém que possa dizer que tem uma vida fácil. Todos nós temos alguma coisa que nos torna o caminho mais difícil, a jornada mais penosa. Todos sentimos a tentação de ir pelo caminho que nos parece mais agradável. A diferença entre pessoas como tu e como eu é a escolha.
Sabes E., a minha vida não tem sido fácil também. Pensarás tu que eu sou privilegiada, nascida em berço de ouro, educada nas melhores escolas e nascida no melhor dos bairros. Não minha querida. A minha vida não tem sido fácil. Verdade que não fui abandonada ou mal tratada, mas nasci com todas as condições para nem o nono ano ter terminado. À minha volta colegas de escola ficaram grávidas ainda adolescentes, sucumbiram à droga, desistiram da escola, envolveram-se em coisas ilegais. Mas eu fiz a minha escolha. Eu pedi mais à vida do que ela me queria dar e nunca, nem por um segundo, deixei de a cobrar, de ir atrás, de querer mais. Tenho seguido sempre pelo caminho mais duro, e tem-me custado muito, mas sabes olhando hoje para ti percebi que vale tanto a pena. Tanto. Hoje quando te vi entrar, algemada, acabada, com 21 anos no BI mas 40 no rosto, percebi que o caminho mais fácil que escolheste é afinal publicidade enganosa.
Espanta-me que tu não o tenhas visto. Espanta-me que tu não percebas a tragédia que é teres 21 anos e viveres privada de tudo, enfiada em quatro paredes, com uma vida manchada e, provavelmente agora, irrecuperável. Sem nada do que te orgulhares, sem nada por que lutares, sem um futuro para sonhares, quiça se chegarás à minha idade. E o mais triste, é que nem pena de ti tenho. Temos. A juíza, as advogadas e demais presentes, olhavam para ti com um misto de repulsa e desprezo.
E é por isso E. que não aceito o teu pedido de desculpas. Não te perdoo a escolha que fizeste para ti, porque podemos não ter mais nada, nada, nem o que comer, nem um tecto (o que tu sempre tiveste) mas temos sempre o livre arbítrio. Podemos ser escolher ser melhores. E tu escolheste ser merda.
PS: A E. assaltou-me no dia 2 de Janeiro de 2008. Foi finalmente julgada hoje. Será condenada com pena suspensa - devido à vida "terrível" (!!) que tem tido - e deverá emitir um pedido de desculpas à minha pessoa.
13/11/2012
Olha eu famosa!
Ah! e como este blog voltou, apesar de a meio gás, o arquivo está todo publicado de novo. Faz sentido que assim seja e também houve alguns pedidos que muito me apraz satisfazer.
17/10/2012
Voltei, voltei, voltei de lá!
Desde que cheguei, e até meses e meses antes, comecei um projecto novo. Em parte o responsável por me tirar o tempo de vir aqui escrever. Pois é, agora sou empresária! Ou melhor, SOMOS, porque na E-Jump somos pelo trabalho de equipa.
A E-Jump Web Marketing Winners é uma agência de marketign digital cheia de ambição, pronta a saltar mais alto e a mudar o mundo. Trabalhamos para todos os países de expressão portuguesa e inglesa com muito profissionalismo e muita, muita paixão e vontade.
Para já visitem a nossa página no facebook (partilhem se puderem):
https://www.facebook.com/ejumpwebmarketing
Em breve teremos o site operacional. Estamos também no Linkedin com uma descrição detalhada dos nossos serviços.
Entretanto, e como se formar uma empresa fosse fácil, resolvi começar o doutoramento. Enfim... diz que quem corre por gosto não cansa, e eu, nós, não sabemos o que é ficar sem fôlego!
30/05/2012
Mas tenho um trabalho, um estágio e um mestrado mesmo, mesmo a entrar em época de exames (e ainda uns projectos em mãos que depois conto) e, por isso, estou sem tempo nenhum.
Considero que não vale a pena ter um blog aberto se não posso escrever... Por isso, vamos lá ver, talvez tenha sido um bocadinho brusca vá... este blog chegou ao fim temporariamente. Assim que tiver tempo para respirar volto cá para novidades. Ok? Vá, uns beijinhos para esse lado do mundo :)
23/05/2012
20/05/2012
17/05/2012
Como sabem estagio numa empresa em que todos nasceram nos anos 90. Eu sou a unica dos anos 70/80.
Estao a organizar uma festa dos anos 80. Ninguem me pergunta opiniao. Eu ja desisti ha muito de a dar. No entanto, apetece-me rir com o planeamento da musica: New Kids on the Blok ou Backstreet boys.
Anos 80?? Epa pelo menos googlem!
11/05/2012
292
O público do 292 das 8h30 é diferente. Menos gente, mais reformados e estudantes, menos pessoal de escritório a querer chegar à cidade.
Reparei na minha colega F. a entrar no autocarro. Apesar de estarmos juntas num trabalho de grupo não me apetece falar com ela. Finjo que não a vejo e fico aliviada quando percebo que ela saiu na universidade! Ufa! Não é que não goste da moça, mas incomoda-me os comentários que ela faz sempre que me vê. Que gosta do meu casaco, que o meu anel é giro, que os meus brincos são originais, que a minha mala é espectacular, que adora a forma europeia como me visto...enfim, tudo elogios que eu agradeço mas aos quais não sei como reagir quando são repetidos inúmeras vezes.
E nisto reparo na Rapunzel a sair do autocarro...uma ruiva com o cabelo até aos joelhos. Acho que não há ninguém que aprecie um bom cabelo tanto como eu, talvez por não o ter, mas parece-me que quando passa do meio das costas, já estão um bocadinho compridos demais... Suspeito que gaste um frasco de shampoo por lavagem.
Este autocarro é uma seca. Pára em todas as capelinhas e está gelado. Este pessoal tem um problema com temperaturas. Ou está um gelo ou um inferno. Não sabem o que é o meio termo.
E não sei porquê, falar em meio termo, lembrou-me que já hoje é 5ªf, a Sue faz anos no Sábado e eu não tenho presente. Não sei o que lhe compre.
Reparo no anúncio colado num outro autocarro. Anuncia coragem, confiança e compaixão para raparigas que frequentem o Brigidine College em St Ives. Só raparigas.
Acho que nunca seria capaz de pôr uma filha minha numa escola só de raparigas. E o mesmo para um rapaz. Não é assim a vida real. No mundo temos de lidar com todos os niveis de educação e culturas. Não que eles tivessem grandes hipóteses, mas se há coisa que agradeço aos meus pais é terem-me deixado frequentar a escola pública. Nas privadas não se sabe da história do colega que não tem que comer em casa, nem daquela miúda só com 13 anos que ficou grávida, nem do outro colega cujo irmão está agarrado à coca. Já estou há mais de 20 minutos no autocarro e ainda não saí de Marsfield... Isto hoje está para durar. Eu para já aproveito para descansar os olhos.
08/05/2012
O meu post fugiu-se-me, mas mantenho o que disse
Pingo Doce começou a cobrar custo da promoção de 50% a fornecedores
Fornecedores que não aceitem “pagar” o custo da campanha temem que os seus produtos sejam retirados dos supermercados do grupo JM.
05/05/2012
O cumbibio!
Foi um convívio muito agradável e deu para conhecer pessoas muito simpáticas e interessantes. E mais...ainda deu para descobrir algumas coincidências muito giras.
Por exemplo, com A., que é um rapaz muito conversador e agradável, tive um desentendimento facebookiano há uns meses sem saber quem ele era... Vai-se a ver e até é um excelente moço.
O P. passei o jantar inteiro a tentar descobrir de onde lhe conhecia as feições e depois concluímos que não só já o tinha entrevistado como o convidei várias vezes para os meus programas de economia na TVI24...
A C. já a conhecia de fotos porque estudou onde eu trabalho e até já tinhamos trocado umas mensagens no FB mas foi muito positivo finalmente dar personalidade ao rosto que via no papel.
Enfim, muita animação e boa conversa. Pena que a comida ficou muito a desejar e que no meio de tanta gente não tivesse dado para conhecer ainda mais pessoas...compensou o vinho!
Aguarda-se pelo próximo e agradece-se aqui em canal aberto à Sra. Consul de quem partiu a iniciativa. Venham mais uns destes!
02/05/2012
O Zé Povinho é estúpido
A pequenez portuguesa de que tanto falo manifestou-se em todo o seu esplendor no Pingo Doce, em dia de Trabalhador.
Agora, suas bestas, comparem o que pouparam hoje na carteira e o que perderam de dignidade e de direitos futuros.
01/05/2012
Obrigada J.
Mas depois há pessoas e gestos que chegam de imprevisto que compensam tudo o que dali vem de mal.
Não esqueço jamais quem me faz bem. Não esquecerei jamais este gesto. Obrigada J.P.F
29/04/2012
Lady in red (and other colours)
Já aqui o disse que é um homem pequeno e inseguro. É pena, até tem um palminho de cara, mas as calças de vinco, as meias brancas e a postura séria que adopta numa tentativa de colmatar a pequenez do seu corpo fazem dele um ser um pouco menos que patético. E ele sabe. É por isso que nunca lhe dirige a palavra, faz de conta que não a vê quando ela vem mostrar o vestido novo à colega da frente e tenta disfarçar o olhar que, aposto, a vê passar em slow motion, como nos filmes. Mas é o olhar que o trai. É alias o olhar que o trai em tudo, não só com ela. Tem a insegurança estampada no rosto. E eu, que no princípio o odiei, tenho agora uma certa pena. Deve ser tão difícil viver assim dentro de um personagem que se tenta manter. Assustado com o que os outros nos possam descobrir. Que existência tão triste...
25/04/2012
Será da PDI?
16/04/2012
07/04/2012
293
31/03/2012
Ai...
28/03/2012
De batalha em batalha
Já o disse aqui várias vezes que não sou, por natureza, uma pessoa optimista, antes pelo contrário. Vir para outro país, no outro lado do mundo, completamente sozinha e, literalmente, com uma mão à frente e outra atrás não acabou com esta minha forma de ser. Mas ajudou-me a arranjar formas de transformar as ameaças em oportunidades, as fraquezas em forças.
Eu deixaria de ser eu, se de um momento para o outro me tornasse a pessoa mais positiva do mundo e, por isso, deixei de combater e aceitar. Dar a volta. Isso não significa que não me consuma da mesma forma, que não perca noites de sono a pensar. Aliás, pensar de todos os ângulos e perspectivas é a minha maior benção e a minha maior maldição.
Ultimamente tenho pensado todos os minutos dos meus dias e das minhas noites no meu estágio. Como já aqui o disse não começou bem. Mas as coisas de que me queixei eram relacionadas com a aceitação social. Esforcei-me, esforcei-me muito, até à semana passada em que desisti, quando à hora de almoço todos se levantaram, perguntaram ao meu supervisor se queria ir almoçar e me ignoraram, a mim e à outra estagiária.
Desisti, primeiro porque não quero, no futuro, fazer parte de uma empresa cheia de gente pretenciosa e mal educada. Been there, done that. Segundo, porque não se pode forçar ninguém a aceitar ninguém, e se depois de todos os esforços continuo a ser ignorada então estamos perante um caso perdido. Terceiro, porque cada vez mais dispenso a necessidade de aprovação social seja de quem for, sobretudo de pessoas que não conheço e que, acima de tudo, não respeito.
Contudo, o problema à séria começou quando o meu supervisor resolveu definir-me um horário em que a minha única tarefa é…imagine-se, escrever artigos. Para uma ex-jornalista, vamos concordar que isto não é grande aprendizagem…muito menos em SEO, aquilo em que me inscrevi.
Tentei falar com o meu supervisor – doravante conhecido como Alex P. Keaton – sobre aquele horário. Perguntei-lhe se era válido até ao final do estágio. Ao que ele respondeu que sim. Acrescentou que as outras tarefas são muito técnicas e que eu não poderia aprender. Que eu não poderia aprender, e que ele não me poderia ensinar. Tentei então oferecer a minha ajuda na produção dos relatórios mensais. Disse que não, que era uma tarefa pontual.
Engoli. Fiquei o dia todo a escrever artigos até ter os olhos em lágrimas. Decidi que esta semana ia aproveitar os exames de mid-semester e não pôr lá os pés. Fiquei a matutar: “You can’t learn”. Todos os minutos: “You can’t learn”. Durante o jantar:“You can’t learn”. No cinema: “You can’t learn”. Antes de fechar os olhos, já na cama: “You can’t learn”. Em sonhos: “You can’t learn”. “You can’t learn”.
Decidi então não deixar esta palhaçada continuar. Mandei ontem um email à supervisora do pequeno Alex P. Keaton a explicar, de forma diplomática, que não estou disposta a escrever artigos o resto do estágio, que isso não é de todo uma aprendizagem para mim e que espero mais desta oportunidade.
Logo a seguir reencaminhei este email para a responsável do Departamento de Estágios, a K., e expliquei-lhe umas coisas. Nomeadamente a conversa que tive com o pequeno Alex. A K. falou com ela.
Hoje obtive a resposta. A supervisora do anão desmentiu-me. Disse que o tal horário era só para esta semana…a tal em que não estou. Que não é verdade que só tenha escrito artigos até ao momento. Depois mandou-me um email a tratar-me como uma anormal. Respondi-lhe à altura, expliquei-lhe que há um formulário que explicita as tarefas que tenho para cumprir e disse-lhe que na próxima semana espero ter novas tarefas.
É incrível que nada para mim cai no colo. Este estágio não podia ser apenas uma excelente experiência de aprendizagem. Não. Tinha de se tornar em mais uma batalha.
E eu aqui estou. Pronta para entrar no campo, armada com 17 livros sobre PHP, JAVAscript, CSS, XHTML, HTML, SEO e outros acrónimos que queiram.
E agora vamos ver quem é que não pode aprender, pequeno anão ridículo.
26/03/2012
Culturas
25/03/2012
Diga 33!
24/03/2012
22/03/2012
Diga 33!
1. Biografia da MArgareth Tatcher
2. Series do Sexo & Cidade (qualquer uma excepto a primeira que ja tenho)
21/03/2012
A justiça portuguesa é ridícula para não dizer que me mete nojo
O que se seguiu foi o drama... perante os meus gritos ninguém se mexeu, tive de implorar um telemóvel para ligar à PSP, o senhor que estava sentado à minha frente ainda disse que estava mesmo a ver isso a acontecer porque já as conhecia...mas achou por bem ficar a ver se afinal tinha razão. Daquela noite de merda que me fez gastar balúrdios em substituição de fechaduras e medicamentos, já que se seguiu uma semana inteira de febre, só recordo o trabalho extremamente eficaz da PSP que trabalha na CP. Sim, demoraram 4 horas a registar uma queixa porque claramente não vêem muitas vezes computadores à frente, mas senão fosse por eles não tinha conseguido cancelar os cartões bancários, nem os cheques. Enfim, palmas à actuação da PSP que não podiam ter sido melhores.
Recordo-me que um deles me disse: " Queria pedir-lhe para apresentar queixa, pode ser?"
E eu indignada respondi:" Mas o que lhe faz passar pela cabeça que não vou apresentar queixa!? Que disparate! Claro que quero apresentar queixa!"
E assim foi. Deixem-me dizer de novo, isto foi dia 2 de Janeiro de 2008. Fui quatro vezes à polícia para identificar a menina que efectivamente me levou a mala. Identifiquei-a em fotos duas vezes, em vídeo e pessoalmente não o fiz porque ela não pôs os cotos no local no dia e hora marcados.
Nunca mais, desde o dia 28 de Abril de 2008, último dia em que tentei identificar a vaca de merda pessoalmente, ouvi falar desta minha queixa. Tentei ligar à PSP mas ninguém sabia do que eu estava a falar. O número de telemóvel de um dos polícias que me ajudou naquela noite já não estava activo. E assim pensei que o assunto tinha sido arquivado e que, simplesmente, ninguém me deu cavaco.
Corria o ano do Senhor de 2011, creio que estavamos no mês de Outubro. A minha querida A. mandou-me um mail a dizer que tinha na minha caixa de correio um aviso de recepção de uma carta do Tribunal de Lisboa. Sem fazer a mínima ideia do que poderia ser pedi-lhe que por favor me tratasse do assunto. E ela, como sempre não me falhou, e descobriu o que era a carta. A carta sobre a minha queixa.
Disseram à minha A. que eu não tinha nada que sair do país sem informar o Tribunal. Desculpe?? Pensei que aqui a arguida era a vaca de merda e não eu! Mas desde quando estou eu sob uma medida de coacção?! Escrevi um e-mail aos senhores do Tribunal. Disse-lhes que não tinha obrigação de os informar de nada, assim como eles não se sentiram na obrigação de me informar do estado do processo. Expliquei que sou livre de me deslocar pelo mundo quantas vezes e por quanto tempo eu quiser e pedi, encarecidamente, que reencaminhassem a minha correspondência para a minha morada australiana. Não recebi resposta, mas recebi a carta. Então a carta era para me informar que o Ministério Público tinha decidido prosseguir com a acusação, mas só a uma das putas, a que efectuou o roubo. As que a ajudaram a segurar a porta do comboio não foram incluídas, ainda que eu tenha apresentado queixa e as tenha identificado da mesma maneira. Alegaram coisas que eu nunca disse e eu nem quis chatear-me mais com isso.
Como o legalês com que escrevem estas cartas é absolutamente inintelígivel pelo comum dos mortais mandei um mail a pedir esclarecimentos. Não recebi resposta. Deduzo que os funcionários do tribunal percebam tanto daquela merda como eu!
Corre o ano do Senhor de 2012, finais de Março. Recebi outra carta do tribunal que me informa que o Ministério Público decidiu levar o caso a julgamento, MAS como EU, notificada como testemunha, estou na Austrália, o caso fica adiado até eu informar quando estarei presente na Pátria. Deus nos livre de se proceder ao julgamento sem a minha presença até porque uma coisa chamada video-conferência ainda não foi inventada. A minha presença é absolutamente necessária! Porque não posso ir a um esquadra local e testemunhar lá por skype ou coisa do género, em directo, ou gravar um testemunho em diferido, ou talvez assinar uma declaração. NÃO! Deus nos livre que isso são modernices do demónio! Portanto, se eu NUNCA mais voltar a Portugal, esta vaca de merda NUNCA irá a julgamento porque a justiça portuguesa só não é uma anedota porque me dá vontade de chorar!
19/03/2012
Inside Job
17/03/2012
Aussie Holidays #6
Aqui ficam as fotos possíveis destes dias. O último post das férias - sim que isto já vim há 3 meses de férias e ainda estou a falar das férias! - será sobre Adelaide e deverá sair na próxima semana. Enjoy the pics!
14/03/2012
Segunda semana de estágio
No final do dia...surpresa das surpresas o boss perguntou se eu queria uma bebida. E eis que tudo se levanta em direcção ao frigorífico das bebidas. Ele era vodka, champagne, vinhos vários e cerveja. Cada um a beber o seu. Eu bebi meio copo de vinho - que isto de beber às 5h30 da tarde não é pra mim - mas gostei do convite. A assistant mamou um copo gigante de vodka com não sei o quê misturado... E pronto às 6h da tarde bazámos... nunca eu num local de trabalho tive acesso a bebidas alcoólicas...nunca eu em trabalho bebi sequer. Mas curti a onda descontraída do pessoal.
07/03/2012
Olha, olha
06/03/2012
03/03/2012
Vamos lá a votos que vocês têm de me servir para alguma coisa
02/03/2012
Primeiro dia de estágio
Eu nunca gostei muito de me entusiasmar com nada porque sei por várias experiências que normalmente acabo por me desiludir. Já uma vez aqui disse que é por ser uma pessoa prudente que acabo por nunca festejar nada e ser um bocado mosca morta. Mas eu cá tenho as minhas razões… e a verdade é que se comecei a adoptar este comportamento é porque "gato escaldado de água fria tem medo”, sempre me ensinou a minha mãezinha.
Isto tudo para dizer que o entusiasmo com este estágio foi tanto que agora, dois dias já lá passados, sinto uma desilusão que só não é maior porque já tive muitos primeiros dias em muitos sítios e sei bem como é. Contudo, nunca tive um primeiro dia de estágio… hummm… minto. Fiz 3 dias de estágio numa empresa, mas como não achei importante vim-me embora.
A entrevista correu muito bem. Os partners e o meu supervisor foram super simpáticos e eu achei-me muito bem vinda. O primeiro dia já não foi bem assim. Ninguém me mostrou as instalações, ninguém me apresentou às pessoas, o supervisor estava doente, o que fiz foi pouco e sem importância.
A assistente, uma miúda com uns 18 anos que diz fuck e derivados dez vezes por segundo, teve a gentileza de ir buscar café para todos e nem me dirigir a palavra. Hoje ao final da tarde fez o mesmo. Perguntou a todos, um por um, que bebida queriam mas ignorou a minha presença. Quiça tenho o dom da invisibilidade e não sabia! Na verdade mesmo entre eles não há grandes conversas… parece-me que está toda a gente muito embrenhada nas tarefas que têm por cumprir. De qualquer forma, se me dizem:”na Sexta vem antes do almoço porque almoçamos sempre juntos e dá para conheceres melhor a equipa toda”, eu espero um almoço de equipa. Não espero que afinal vá cada um para o seu lado e eu acabe no café a comer uma sandes, sozinha.
Enfim, isto de ninguém me falar no primeiro dia, ou no segundo, nem é novidade. Lembro-me bem do primeiro dia que tive na TVI. Ninguém me falou também, ninguém prestou atençao ao meu nome, ninguém me fez sentir bem vinda. Nem sequer tinha secretária ou computador já que estava tudo em obras. Os chefes pouco ou nada me ligaram, mandaram-me ler o jornal e eu fiquei ali a indagar qual era a urgência que tinham na minha presença se depois nem um lugar tinham para mim… Tiveram pelo menos a gentileza de me apresentar à equipa, o que já não foi mau. Passados poucos dias já era diferente, se bem que alguns elementos da equipa nunca me aceitaram bem. Calculo que sejam coisas relacionadas com as suas inseguranças pessoais. É que não vejo motivos para não manter um relacionamento agradável com as pessoas com as quais trabalhamos diariamente. Passado pouco tempo tivémos lá duas estagiárias. É verdade que as moças tinham pouca iniciativa, mas a crueldade com que foram tratadas – inclusivé pelas ex-estagiárias – foi de uma absoluta falta de necessidade, de uma arrogância que confesso me deixava muitas vezes boquiaberta. Como tenho por regra tentar não fazer aos outros aquilo que não gosto que me façam a mim, tentei o mais possível fazer os dias delas mais amenos. Desde a fazer-lhes companhia ao almoço, como dar-lhes ideias de coisas para fazer… ninguém falava com as moças e quantas vezes assisti a falarem mal delas nas costas. Nem sequer lhes deram hipótese. Aconteceu o mesmo com a estagiária que apanhei depois na Agenda. Hoje uma amiga, quiçá futura sócia.
Nunca percebi esta coisa de se tratarem os estagiários desta maneira e nunca tratei mal quem estagiou comigo. De qualquer forma os estágios aqui não são a rebaldaria que são em Portugal. Por isso, vou aguardar com serenidade ver o que vai acontecer e se sentir que não estou a aprender o que era suposto (a propósito, para quem não sabia e me perguntou SEO é Search Engine Optimisation e é uma das mais inovadoras ferramentas de marketing) terei de tomar medidas.
Parece-me também que, sendo eu a mais velha da empresa, eles não sabem muito bem como lidar comigo. Mas o meu CV dizia a minha data de nascimento, portanto se iam ter esse preconceito então não me deviam ter chamado para entrevista sequer…
Voltarei na próxima Quinta. Menos entusiasmada, verdade. Mas com a mesma vontade de aprender. Novidades sobre isto, daqui a 7 dias.
28/02/2012
Internship
27/02/2012
Quem tem amigos...
Aconselho-vos a visitarem o blog dela diariamente. Está devidamente linkado ali ao lado How do I look? e tem óptimas ideias para todas as ocasiões!
24/02/2012
Eu sou, de facto, a maior!
Pois que mais uma Distinction entrou para o meu academic transcript com a disciplina de E-Business Marketing e na próxima semana vou ser entrevistada para o estágio que quero muito fazer, a minha primeira opção.
Agora vou ali à city largar umas centenas de dólares em roupa que isto há que estar preparada!
18/02/2012
Aussie Holydays #5
Estrada fora, eu de mapa na mão e ele de condutor, lá íamos discutindo onde valeria a pena parar. Decidimos pelo Teddy’s Lookout. Enfim, é só um miradouro para a praia, mas precisavamos do calorzinho que ali se fazia sentir porque ainda estavamos enregelados do frio que apanhámos na paragem anterior.
O bom da Great Ocean Road, além das maravilhas que se encontram pelo caminho, é que estão espalhados pelas bermas umas placas de bronze, com o pedaço de estrada onde nos encontramos, que conta a história do que ali se passou ou alguma curiosidade ou evento relacionado com a própria construção da estrada. É comum vermos muitas placas com a informação dos naufrágios que ali aconteceram, e muitas delas têm até uma lista com os nomes das vítimas. Já aqui o disse, este pessoal leva os seus mortos muito a sério. E eu acho bem!
Parámos para ver uma campa do capitão do W.B. Godfrey, que em 1891 vinha de São Francisco para Melbourne mas por pouco ñão conseguiu chegar. Nalguns sítios ainda se conseguem ver os destroços dos navios que foram ficando.
Fomos seguindo e eis senão quando vemos uma placa que indicava koalas. Virámos e fomos à procura. Enfim…esles estavam lá, mas eram só dois ou três e o Chris já me tinha dito que tinha visto dezenas deles. Devíamos estar no sítio errado, concluímos. Ainda assim lá fomos fazendo a perseguição koalina com os outros turistas.
A próxima paragem foi Castle Cove na região de Ngantwan, nome de proveniência indigena. Uma pequena cidadezinha localizada mesmo antes de uma das maiores atracções da Great Ocean Road: os Twelve Apostles. Ficámos muito contentes quando vimos a placa dos Twelve Apostles porque houve uma altura do percurso que pensámos que já tínhamos passado…e isto de fazer a Great Ocean Road e não ver esta atracção é no mínimo…como direi… estúpido.
Mais descansados, estacionámos o carro e lá fomos explorar. Ora então os Twelve Apostles mais não são do que dez…sim, dez, rochas plantadas no meio do oceano. Consegue-se ver onde estavam os outros dois que entretanto caíram por força da erosão, e consegue-se percerber qual será o próximo a cair… mas a sério, dezenas de pessoas a acotovelarem-se para ver rochas? É que assim de repente não achei aquela paisagem muito diferente das outras que vimos antes…
Já se estava a fazer tarde e queríamos mesmo era chegar ao local onde íamos passar a noite. Mais uma vez o maridini marcou pontos pela excelente local que escolheu. Montámos a tenda e fomos passear. Estava frio mas pudemos ver o percurso que faríamos para a nossa corrida matinal.
Este parque tinha cozinha! Yuppiiiieeee! Bom… o barbeque que fizémos em Lorne foi bem bom… mas com o frio que se fazia sentir apetecia mesmo uma cozinha resguardada.
Jantámos e anoiteceu. E que bom é não ter televisão, nem electricidade nem nada que nos distraísse um do outro.