Estrada fora, eu de mapa na mão e ele de condutor, lá íamos discutindo onde valeria a pena parar. Decidimos pelo Teddy’s Lookout. Enfim, é só um miradouro para a praia, mas precisavamos do calorzinho que ali se fazia sentir porque ainda estavamos enregelados do frio que apanhámos na paragem anterior.
O bom da Great Ocean Road, além das maravilhas que se encontram pelo caminho, é que estão espalhados pelas bermas umas placas de bronze, com o pedaço de estrada onde nos encontramos, que conta a história do que ali se passou ou alguma curiosidade ou evento relacionado com a própria construção da estrada. É comum vermos muitas placas com a informação dos naufrágios que ali aconteceram, e muitas delas têm até uma lista com os nomes das vítimas. Já aqui o disse, este pessoal leva os seus mortos muito a sério. E eu acho bem!
Parámos para ver uma campa do capitão do W.B. Godfrey, que em 1891 vinha de São Francisco para Melbourne mas por pouco ñão conseguiu chegar. Nalguns sítios ainda se conseguem ver os destroços dos navios que foram ficando.
Fomos seguindo e eis senão quando vemos uma placa que indicava koalas. Virámos e fomos à procura. Enfim…esles estavam lá, mas eram só dois ou três e o Chris já me tinha dito que tinha visto dezenas deles. Devíamos estar no sítio errado, concluímos. Ainda assim lá fomos fazendo a perseguição koalina com os outros turistas.
A próxima paragem foi Castle Cove na região de Ngantwan, nome de proveniência indigena. Uma pequena cidadezinha localizada mesmo antes de uma das maiores atracções da Great Ocean Road: os Twelve Apostles. Ficámos muito contentes quando vimos a placa dos Twelve Apostles porque houve uma altura do percurso que pensámos que já tínhamos passado…e isto de fazer a Great Ocean Road e não ver esta atracção é no mínimo…como direi… estúpido.
Mais descansados, estacionámos o carro e lá fomos explorar. Ora então os Twelve Apostles mais não são do que dez…sim, dez, rochas plantadas no meio do oceano. Consegue-se ver onde estavam os outros dois que entretanto caíram por força da erosão, e consegue-se percerber qual será o próximo a cair… mas a sério, dezenas de pessoas a acotovelarem-se para ver rochas? É que assim de repente não achei aquela paisagem muito diferente das outras que vimos antes…
Já se estava a fazer tarde e queríamos mesmo era chegar ao local onde íamos passar a noite. Mais uma vez o maridini marcou pontos pela excelente local que escolheu. Montámos a tenda e fomos passear. Estava frio mas pudemos ver o percurso que faríamos para a nossa corrida matinal.
Este parque tinha cozinha! Yuppiiiieeee! Bom… o barbeque que fizémos em Lorne foi bem bom… mas com o frio que se fazia sentir apetecia mesmo uma cozinha resguardada.
Jantámos e anoiteceu. E que bom é não ter televisão, nem electricidade nem nada que nos distraísse um do outro.
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