Somewhere along the away I lost a part of me.
That piece that used to make me laugh and dance.
Somewhere along the way I became serious and sad,
Bitter on the inside, angry with the world.
I wasn't laughing anymore nor dancing.
Somewhere along the way, I became a prisioner of myself,
of my head, my prejudices about me, my life and my choices.
I spent years searching and searching without any success.
I couldn't find that little piece of me that used to make me do stupid things, just for fun.
Without even think that someone could be watching.
Somewhere along the way I thought that, this piece could be lost forever, but i'm no quitter!
I kept searching and searching.
Until that day, I was following the way, and came here.
And somewhere along my way, this way, I'm not a shadow anymore.
I never thought that the piece that I lost was so far away.
I never thought that to find myself, and that big piece that I lost, I had to be on my own.
But the truth is that, somewhere along my way, this way,
I'm rediscovering a new old me.
And I missed me so much. And i'm so happy that I finally know where I am.
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer." Fernando Pessoa
26/06/2011
24/06/2011
Um já foi...faltam dois
Ora então meus caros leitores e leitoras, cá estou eu DE FÉRIAS! Ah pois é! Quase que enlouquecia nestes 4 meses e picos de semestre, mas... acabou! Para já a grande novidade é que passei a Finance (o professor deu-me tratamento VIP...mandou-me mail a dizer que passei, já sondei pela turma, até agora foi só a mim...fofinho). Fiz o último exame na Quarta-feira (correu malllllll, tão mallllll) e agora só penso na uni no dia 1 de Agosto... bom no dia 12 de Julho vou pensar porque é nesse dia que sei se continuo ou não, porque saem as notas. Um mês inteiro de férias para conhecer mais sítios, para trabalhar (aí não posso tirar férias... ), para mudar de casa...ainda não estou em mim que não tenho milhões de coisas para fazer, e por isso ainda não consigo relaxar decentemente... mas lentamente estou a começar a sair do study mode para o relaxing mode. Amanhã vou sair com os meus coleguinhas da faculdade para celebrarmos o final do semestre. Parece que vamos ao Karaoke (NRA ri-te com isto...), foi decidido por maioria. Como vêem, a vida tem coisas incontornáveis!
Na próxima Quarta-feira vou mudar-me. A Sue já aqui veio dar-me a chave. É uma fofinha! Querida até mais não! Estou com fé nesta parceria futura. A ver vamos! Mas para já mal posso esperar pelo meu quarto novo (que ela até pintou de novo e tudo, fofa!) com ar condicionada e tudo... e uma casa quentinha e em condições. MESMO!
Assim que acabei os exames fui à cidade às compras! Mas isto acontece-me sempre o mesmo...quando vou decidida a gastar guita para me mimar, não me aparece nada de jeito... e assim foi. Mas aquele cidade continua a encher-me as medidas e só por isso já valeu a pena. Não tirei fotos porque acho que as minhas pilhas ou a máquina mararam... nada de surpreendente uma vez que tudo se me avaria desde que cá cheguei.Tentarei resolver o problema, as soon as possible, para vos alimentar a vontade de me virem visitar um destes dias.
E é isto... lentamente sinto-me a descomprimir. Vou aproveitar para ir correr muito, para ir passear muito, para fazer tudo o que tenho direito, em bom e em grande, porque cheira-me que, se passei a tudo, de Agosto a Novembro vou andar no lodo outra vez.
Obrigada a todos que torceram por mim neste semestre (Bluezinha... destorce agora um cadixo que ainda ficas com reumático rapariga. Em Agosto retorna em grande faxavor). É tão bom sentir-vos down under.
Na próxima Quarta-feira vou mudar-me. A Sue já aqui veio dar-me a chave. É uma fofinha! Querida até mais não! Estou com fé nesta parceria futura. A ver vamos! Mas para já mal posso esperar pelo meu quarto novo (que ela até pintou de novo e tudo, fofa!) com ar condicionada e tudo... e uma casa quentinha e em condições. MESMO!
Assim que acabei os exames fui à cidade às compras! Mas isto acontece-me sempre o mesmo...quando vou decidida a gastar guita para me mimar, não me aparece nada de jeito... e assim foi. Mas aquele cidade continua a encher-me as medidas e só por isso já valeu a pena. Não tirei fotos porque acho que as minhas pilhas ou a máquina mararam... nada de surpreendente uma vez que tudo se me avaria desde que cá cheguei.Tentarei resolver o problema, as soon as possible, para vos alimentar a vontade de me virem visitar um destes dias.
E é isto... lentamente sinto-me a descomprimir. Vou aproveitar para ir correr muito, para ir passear muito, para fazer tudo o que tenho direito, em bom e em grande, porque cheira-me que, se passei a tudo, de Agosto a Novembro vou andar no lodo outra vez.
Obrigada a todos que torceram por mim neste semestre (Bluezinha... destorce agora um cadixo que ainda ficas com reumático rapariga. Em Agosto retorna em grande faxavor). É tão bom sentir-vos down under.
19/06/2011
Amizades rasgadas
E chega o dia em que simplesmente sabemos que há momentos irrepetíveis e que crescemos e seguimos o nosso caminho, sem olhar para trás ou sem saber quem está connosco. O dia em que percebemos que as nossas escolhas por muito que nos façam felizes têm danos colaterais irreversíveis.
Quando era pequenina achava que os amigos, no matter what, estão lá para ficar. Mesmo com distância, mesmo com escolhas de vida diferentes. Mas pouco a pouco tenho percebido que toda a gente tem um tempo para fazer parte de nós. A nossa vida muda e com ela mudamos os nossos interesses, hábitos, ideias, formas de estar na vida. Com as mudanças da nossa vida, mudamos também a vida dos outros e pouco a pouco, ou às vezes de repente, a nossa vida deixa de estar entranhada com a daquelas pessoas que não imaginávamos que algum dia pudessem deixar de ser uma parte nós.
À medida que percorremos o nosso caminho, novas pessoas se nos entranham. Pessoas que entram mas que a inocência já perdida, não nos deixa acreditar que vão ficar. Todas as pessoas têm um tempo na nossa vida. Umas têm um tempo maior, outras menor. Umas deixam-nos momentos irrepetíveis, outras passam despercebidas. Umas saem de repente e deixam um vazio prolongado. Outras saem lentamente. Menos um telefonema, menos uma coisa que não vale a pena contar, menos uma pergunta porque na realidade não nos interessa a resposta, menos um jantar ou um aniversário.
Há dez anos, ou talvez um pouco mais, pensava que havia pessoas em mim que nunca iria perder. Há quatro meses, pensava que seria muito difícil fazer amigos novos, porque a amizade é uma coisa que se constrói. Hoje sei que ganhei pessoas que vão ficar, o seu tempo. Hoje sei quem foi que já perdi. E sei, com tristeza, que este momento nunca mais se vai repetir.
Quando era pequenina achava que os amigos, no matter what, estão lá para ficar. Mesmo com distância, mesmo com escolhas de vida diferentes. Mas pouco a pouco tenho percebido que toda a gente tem um tempo para fazer parte de nós. A nossa vida muda e com ela mudamos os nossos interesses, hábitos, ideias, formas de estar na vida. Com as mudanças da nossa vida, mudamos também a vida dos outros e pouco a pouco, ou às vezes de repente, a nossa vida deixa de estar entranhada com a daquelas pessoas que não imaginávamos que algum dia pudessem deixar de ser uma parte nós.
À medida que percorremos o nosso caminho, novas pessoas se nos entranham. Pessoas que entram mas que a inocência já perdida, não nos deixa acreditar que vão ficar. Todas as pessoas têm um tempo na nossa vida. Umas têm um tempo maior, outras menor. Umas deixam-nos momentos irrepetíveis, outras passam despercebidas. Umas saem de repente e deixam um vazio prolongado. Outras saem lentamente. Menos um telefonema, menos uma coisa que não vale a pena contar, menos uma pergunta porque na realidade não nos interessa a resposta, menos um jantar ou um aniversário.
Há dez anos, ou talvez um pouco mais, pensava que havia pessoas em mim que nunca iria perder. Há quatro meses, pensava que seria muito difícil fazer amigos novos, porque a amizade é uma coisa que se constrói. Hoje sei que ganhei pessoas que vão ficar, o seu tempo. Hoje sei quem foi que já perdi. E sei, com tristeza, que este momento nunca mais se vai repetir.
21 Fevereiro 2009
17/06/2011
Emaluqueceu di veiz!
Pois que a Pessoa que ainda vive comigo... está chanfrada... digo eu... digam-me lá, alguém que:
1- todos os dias lava duas a três máquinas de roupa cheias;
2- Tem o espelho todo escrito com mensagens para ela própria a dizer coisas como levanta-te, não te rendas, minha querida estás enorme tenta emagrecer, come coisas saudáveis;
3- Tem chocolates e bolachas em toda a parte, desde frigorífico até ao quarto;
4- Põe a máquina de secar a trabalhar 3 horas seguidas;
5- Acorda às 6h ou antes e aquela cozinha parece sei lá o quê com tachos a voar; eu só ouço o barulho cá em cima...
6- Toma banho, estica o cabelo e perfuma-se antes de ir para o ginásio;
7- Lava a casa de banho às onze da noite;
...
está chanfrada né? ou estou a ser mazinha? hummm.....
1- todos os dias lava duas a três máquinas de roupa cheias;
2- Tem o espelho todo escrito com mensagens para ela própria a dizer coisas como levanta-te, não te rendas, minha querida estás enorme tenta emagrecer, come coisas saudáveis;
3- Tem chocolates e bolachas em toda a parte, desde frigorífico até ao quarto;
4- Põe a máquina de secar a trabalhar 3 horas seguidas;
5- Acorda às 6h ou antes e aquela cozinha parece sei lá o quê com tachos a voar; eu só ouço o barulho cá em cima...
6- Toma banho, estica o cabelo e perfuma-se antes de ir para o ginásio;
7- Lava a casa de banho às onze da noite;
...
está chanfrada né? ou estou a ser mazinha? hummm.....
15/06/2011
Porque vim, porque sim
Vim porque quero mais.
Vim porque estou cansada.
Vim porque deixei de gostar do meu país.
Vim porque estou zangada, tão zangada.
Vim porque me senti sem chão por onde caminhar.
Vim porque não acredito em limites.
Vim porque queria saber se ainda consigo sonhar.
Vim porque precisava de me reconstruir.
Vim porque quero aprender.
Vim porque estou magoada com a terra que me fez nascer.
Vim porque precisava de ver coisas novas.
Vim porque estou farta do portugal dos pequeninos (em baixas de propósito).
Vim porque sou maior.
Vim porque era mudar ou morrer, por dentro, onde é pior.
Vim, estou e vou ficar aqui ou noutro ponto do globo. Mas não em Portugal.
Vim porque estava na altura de dizer chega.
Alguém desse lado do mundo já disse chega também?
Vim porque estou cansada.
Vim porque deixei de gostar do meu país.
Vim porque estou zangada, tão zangada.
Vim porque me senti sem chão por onde caminhar.
Vim porque não acredito em limites.
Vim porque queria saber se ainda consigo sonhar.
Vim porque precisava de me reconstruir.
Vim porque quero aprender.
Vim porque estou magoada com a terra que me fez nascer.
Vim porque precisava de ver coisas novas.
Vim porque estou farta do portugal dos pequeninos (em baixas de propósito).
Vim porque sou maior.
Vim porque era mudar ou morrer, por dentro, onde é pior.
Vim, estou e vou ficar aqui ou noutro ponto do globo. Mas não em Portugal.
Vim porque estava na altura de dizer chega.
Alguém desse lado do mundo já disse chega também?
11/06/2011
Random thoughts
E cá estou eu ao fim de 4 meses a terminar o semestre. Nunca nas minhas três décadas e pouco tive 4 meses tão cansativos...ok, cinco porque ainda não acabei os exames. Só no dia 22 de Junho lá pela tarde vou respirar de alívio... ou melhor, só lá pelo dia 13 de Julho, que é quando saem as notas.
Têm sido quatro meses (ok, vão ser cinco) de esforço, dedicação, aprendizagem, força, luta diária mas que me têm compensado tanto. Acho que ao fim de quatro meses, mesmo mais cansada do que nunca, no limite das minhas forças - fisicamente e psicologicamente - posso dizer que nunca estive tão feliz. A forma como me integrei e como este país me aceitou foi tão instintiva e tão fácil que já não tenho medo de ir para qualquer parte do mundo. Já não sinto que pertenço a um lugar, definitivamente já não sinto que pertenço a Portugal, ou a Lisboa.
A Austrália é o país das oportunidades. Não conheço os EUA, mas duvido que seja tão fácil para um emigrante lá, adaptar-se tão rápida e facilmente como cá. A razão é simples: os australianos não existem. O que existe aqui na Austrália é um mix de pessoas com nacionalidade australiana mas com origem em países tão distintos como Noruega ou Índia, China e Japão ou Filipinas e Nepal. E, por isso, todos se aceitam, todos se compreendem nas suas diferentes pronúncias, todos se ajudam porque todos sabem como foi quando aqui puseram os pés pela primeira vez.
E falando em pés, não sei se já aqui disse que os australianos adoram andar descalços no meio da rua. É uma cena que me faz alguma confusão, confesso. Mas não é raro, pelo contrário é muito frequente, ver pessoal a ir para a faculdade ou para o ginásio com os chinelos na mão e os pés descalços no chão. E mesmo agora que está um frio do camander é vê-los e vê-las por aí de havaiana no pé.
Mas é assim que se vive aqui. Descontraidamente. Os australianos são uns bacanos. "No worries" é a expressão que mais repetem e que melhor os define na minha opinião. Posso dizer que ainda não encontrei aqui um australiano antipático (bom temos aquele em Petersham, mas esse não foi antipático, só foi uma besta). Aqui na minha zona dizemos bom dia às pessoas que connosco se cruzam na rua e agradecemos ao motorista do autocarro quando ele pára na nossa paragem. Em qualquer lado que vamos, o cumprimento é sempre : "hi! how are you?". Sempre seja qual for a loja, ou departamento da faculdade ou o serviço. No café onde trabalho, os clientes chegam e nós dizemos: "Hi mate! How are you? What's for today?" E do outro lado a resposta é: "hi! I'm good! And you?". E perdemos ali um minuto ou dois só a perguntar como estamos uns aos outros. E é assim em todo o lado, até na caixa do supermercado. E é giro.
Agora estou em época de exames. Tenho mais três para fazer depois de já ter feito o primeiro, o de Finance. Não correu mal, e devo dizer até que era fácil. Mas para mim foi extremamente longo pelo que ficaram algumas coisas para fazer. Mas acho que passo... Faltam-me três e estou à rasca porque a vontade de estudar é zero, a capacidade de concentração é baixíssima e o trabalho é mais do que muito. Mas pronto, agora na recta final não vale estragar tudo.
Passou tão depressa. Parece que ainda ontem aqui cheguei. Mas depois olho para trás e parece que já não vejo as minhas pessoas há anos, mas o meu jantar de despedida foi só há 4 meses. Das pessoas do jantar só cerca de 50% mantêm contacto comigo... e eu fico triste. Gostava que não me esquecessem. Mas sabia quando vim que isso iria acontecer. Por outro lado, vir para tão longe traz ao de cima aqueles que sei que vão ficar para sempre, não interessa em que parte do mundo eu possa estar. E eu fico feliz.
e hoje vou estudar outra vez Macroeconomia. E não me apetece nada. E tenho medo de não me lembrar de nada quando for o exame. E tenho medo de não passar e ter de voltar para um país que já pouco me diz. E é isso que me dá força para desligar o pc e virar-me para os 300 modelos que tenho para memorizar. E o chá de limão e gengibre que comprei é uma merda.
Até breve!
Têm sido quatro meses (ok, vão ser cinco) de esforço, dedicação, aprendizagem, força, luta diária mas que me têm compensado tanto. Acho que ao fim de quatro meses, mesmo mais cansada do que nunca, no limite das minhas forças - fisicamente e psicologicamente - posso dizer que nunca estive tão feliz. A forma como me integrei e como este país me aceitou foi tão instintiva e tão fácil que já não tenho medo de ir para qualquer parte do mundo. Já não sinto que pertenço a um lugar, definitivamente já não sinto que pertenço a Portugal, ou a Lisboa.
A Austrália é o país das oportunidades. Não conheço os EUA, mas duvido que seja tão fácil para um emigrante lá, adaptar-se tão rápida e facilmente como cá. A razão é simples: os australianos não existem. O que existe aqui na Austrália é um mix de pessoas com nacionalidade australiana mas com origem em países tão distintos como Noruega ou Índia, China e Japão ou Filipinas e Nepal. E, por isso, todos se aceitam, todos se compreendem nas suas diferentes pronúncias, todos se ajudam porque todos sabem como foi quando aqui puseram os pés pela primeira vez.
E falando em pés, não sei se já aqui disse que os australianos adoram andar descalços no meio da rua. É uma cena que me faz alguma confusão, confesso. Mas não é raro, pelo contrário é muito frequente, ver pessoal a ir para a faculdade ou para o ginásio com os chinelos na mão e os pés descalços no chão. E mesmo agora que está um frio do camander é vê-los e vê-las por aí de havaiana no pé.
Mas é assim que se vive aqui. Descontraidamente. Os australianos são uns bacanos. "No worries" é a expressão que mais repetem e que melhor os define na minha opinião. Posso dizer que ainda não encontrei aqui um australiano antipático (bom temos aquele em Petersham, mas esse não foi antipático, só foi uma besta). Aqui na minha zona dizemos bom dia às pessoas que connosco se cruzam na rua e agradecemos ao motorista do autocarro quando ele pára na nossa paragem. Em qualquer lado que vamos, o cumprimento é sempre : "hi! how are you?". Sempre seja qual for a loja, ou departamento da faculdade ou o serviço. No café onde trabalho, os clientes chegam e nós dizemos: "Hi mate! How are you? What's for today?" E do outro lado a resposta é: "hi! I'm good! And you?". E perdemos ali um minuto ou dois só a perguntar como estamos uns aos outros. E é assim em todo o lado, até na caixa do supermercado. E é giro.
Agora estou em época de exames. Tenho mais três para fazer depois de já ter feito o primeiro, o de Finance. Não correu mal, e devo dizer até que era fácil. Mas para mim foi extremamente longo pelo que ficaram algumas coisas para fazer. Mas acho que passo... Faltam-me três e estou à rasca porque a vontade de estudar é zero, a capacidade de concentração é baixíssima e o trabalho é mais do que muito. Mas pronto, agora na recta final não vale estragar tudo.
Passou tão depressa. Parece que ainda ontem aqui cheguei. Mas depois olho para trás e parece que já não vejo as minhas pessoas há anos, mas o meu jantar de despedida foi só há 4 meses. Das pessoas do jantar só cerca de 50% mantêm contacto comigo... e eu fico triste. Gostava que não me esquecessem. Mas sabia quando vim que isso iria acontecer. Por outro lado, vir para tão longe traz ao de cima aqueles que sei que vão ficar para sempre, não interessa em que parte do mundo eu possa estar. E eu fico feliz.
e hoje vou estudar outra vez Macroeconomia. E não me apetece nada. E tenho medo de não me lembrar de nada quando for o exame. E tenho medo de não passar e ter de voltar para um país que já pouco me diz. E é isso que me dá força para desligar o pc e virar-me para os 300 modelos que tenho para memorizar. E o chá de limão e gengibre que comprei é uma merda.
Até breve!
06/06/2011
Habemus primeirus
Passos Coelho dixit:
"Faremos de tudo para que não tenham de abandonar o país e tenham aqui oportunidades de trabalho"
Tou pra ver...
"Faremos de tudo para que não tenham de abandonar o país e tenham aqui oportunidades de trabalho"
Tou pra ver...
Dos amigos sem gorgulho
Quando era pequenina e ia para Melgaço, não foram raras as vezes que ajudei a minha mãe a preparar feijão verde, a escolher o arroz, a separar o feijão bom do feijão com gorgulho, a pôr de lado as castanhas boas e deixar as más. Tratava-se de um processo simples: dos alimentos provenientes das suas hortas que os vizinhos faziam questão de nos dar, tratava-se de escolher o que é bom para comer do que é para se deitar fora.
Não sabia nessa altura que ia passar o resto da vida a fazer estas escolhas. Não sabia que mesmo quando se faz uma primeira escolha, há que voltar a rever tudo outra vez para não ficar nada que nos estrague a refeição.
A minha vinda para a Austrália acabou por funcionar como uma selecção das pessoas da minha vida. As que tinham gorgulho acabaram por me deixar, ficando só as boas. As que por alguma razão ficaram de fora injustamente, estão a regressar.
Nestas situações, o melhor e o pior de quem nos rodeia e de nós próprios vem ao de cima. De algumas pessoas apenas confirmei a importância que tinham, têm e sempre terão. De outras percebi que afinal são mais importantes do que eu pensava. E, infelizmente, as que restaram são aquelas que afinal nem me fazem assim tanta falta, nem eu a elas.
Nesta altura que me encontro tão longe de todos, receio muitas vezes que me esqueçam. Porque não estou lá quando precisam, porque não posso fazer grande coisa se passam por alguma dificuldade, porque não acompanho as suas vidas de tão perto como gostaria. É o caso da minha Verónique. Minha querida, não imaginas como gostaria de estar mais presente neste teu momento. Daqui só te posso dizer que tu és o sol e que o sol às vezes fica encoberto pelas nuvens, mas depois volta a surgir ainda mais forte do que a
Não sabia nessa altura que ia passar o resto da vida a fazer estas escolhas. Não sabia que mesmo quando se faz uma primeira escolha, há que voltar a rever tudo outra vez para não ficar nada que nos estrague a refeição.
A minha vinda para a Austrália acabou por funcionar como uma selecção das pessoas da minha vida. As que tinham gorgulho acabaram por me deixar, ficando só as boas. As que por alguma razão ficaram de fora injustamente, estão a regressar.
Nestas situações, o melhor e o pior de quem nos rodeia e de nós próprios vem ao de cima. De algumas pessoas apenas confirmei a importância que tinham, têm e sempre terão. De outras percebi que afinal são mais importantes do que eu pensava. E, infelizmente, as que restaram são aquelas que afinal nem me fazem assim tanta falta, nem eu a elas.
Nesta altura que me encontro tão longe de todos, receio muitas vezes que me esqueçam. Porque não estou lá quando precisam, porque não posso fazer grande coisa se passam por alguma dificuldade, porque não acompanho as suas vidas de tão perto como gostaria. É o caso da minha Verónique. Minha querida, não imaginas como gostaria de estar mais presente neste teu momento. Daqui só te posso dizer que tu és o sol e que o sol às vezes fica encoberto pelas nuvens, mas depois volta a surgir ainda mais forte do que a
05/06/2011
Hoje é dia de eleições
E eu não vou votar. Pela primeira vez desde que tenho o direito e o dever de votar, não o vou fazer. Estou aqui sentada a estudar Finance - exame na 3f, dedos naquela posição, tá? - e vejo-me a sofrer do mesmo mal que tantas vezes critiquei nos outros: estou-me nas tintas.
Sim, bem sei, que devemos amar a nossa pátria e que é nas dificuldades que mais temos de nos empenhar, e que é agora que a união e o apoio são necessários, pelo bem colectivo, pelo amor ao país que fez uma parte do que somos.
Mas, pergunto, podemos amar quem nos magoa e mal trata? Ou melhor, devemos retribuir com amor, os maus-tratos diários a que fomos sujeitos? Devemos empenhar-nos numa relação que nos trouxe mais tristeza do que alegria, mais mágoa que felicidade? É assim que por estes dias vai a minha relação com Portugal. Aqui de longe, leio o jornal enquanto abano a cabeça em sinal de "ai valha-me sta Engrácia!"
Não gosto do que leio, não gosto do estado em que o Estado se encontra, não me identifico com o país que me criou. Violência, pobreza, desemprego, corrupção, injustiça, estupidez. É só o que leio nos jornais. Desgraça atrás de desgraça.
Bem sei que alguns dos que me lêem poderão achar que exagero, e que só me atrevo porque estou do outro lado do mundo. E que o país não precisa de pessoas como eu... Ok, mas isto é o que eu sinto. E o que eu sinto é só meu. Boa sorte e bom voto!
Sim, bem sei, que devemos amar a nossa pátria e que é nas dificuldades que mais temos de nos empenhar, e que é agora que a união e o apoio são necessários, pelo bem colectivo, pelo amor ao país que fez uma parte do que somos.
Mas, pergunto, podemos amar quem nos magoa e mal trata? Ou melhor, devemos retribuir com amor, os maus-tratos diários a que fomos sujeitos? Devemos empenhar-nos numa relação que nos trouxe mais tristeza do que alegria, mais mágoa que felicidade? É assim que por estes dias vai a minha relação com Portugal. Aqui de longe, leio o jornal enquanto abano a cabeça em sinal de "ai valha-me sta Engrácia!"
Não gosto do que leio, não gosto do estado em que o Estado se encontra, não me identifico com o país que me criou. Violência, pobreza, desemprego, corrupção, injustiça, estupidez. É só o que leio nos jornais. Desgraça atrás de desgraça.
Bem sei que alguns dos que me lêem poderão achar que exagero, e que só me atrevo porque estou do outro lado do mundo. E que o país não precisa de pessoas como eu... Ok, mas isto é o que eu sinto. E o que eu sinto é só meu. Boa sorte e bom voto!
01/06/2011
A Ane vai-se embora
Pois é, a Ane vai voltar à Noruega amanhã e não sei se voltará. Gosto da rapariga pá! Isto é uma tristeza ver as pessoas partir. De qualquer forma, o jantar, sim jantar, foi aqui. Eu, ela e a Alison. E foi tãããããooooooo bom!
No próximo ano combinámos ir correr a maratona de Nova Iorque. A ver vamos.
No próximo ano combinámos ir correr a maratona de Nova Iorque. A ver vamos.
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