Se há coisa que me repulsa e da qual fujo a sete pés, é a inveja. Acho que é o pior sentimento que se pode ter e é o pior que nos pode ser direccionado. Já tinha tido algumas experiências de invejosos, mas quando vim para cá...uiiiii aí é que foi! De muitos lados que já esperava, de outros que nem tanto, por vários motivos.
Daí que quando tenho boas notícias, às vezes, prefiro não contar pelo menos até se concretizarem. Porém, essa é uma faceta minha que tenho tentado combater. Quero viver as alegrias à medida que elas me aparecem e não me apetece continuar com esta atitude de não posso ficar contente demais senão depois a desilusão é maior.
Enfim, razões da história da minha vida me levam a este comportamento controlado. Mas quero abdicar disso. Porque se fico sempre à espera da concretização das potenciais alegrias, acabo por quase nunca ser feliz como devo e mereço, porque muitas vezes as coisas não correm como queriamos.
Assim sendo, e porque este blog foi criado para contar as minhas coisas sejam elas desgostos, alegrias, concretizações ou falhanços hoje tenho duas novidades das boas. E se aqui tenho contado as angústias e as frustrações, então também conto as coisas boas que a minha vida não é a desgraceira que este blog às vezes faz parecer! E para os invejosos que me lêem fuck you, tá?
A primeira:
O senhor que divide o IRS comigo chega a Sydney em breve e juntos vamos viajar. Vamos até Melbourne de avião e depois seguimos numa road trip até Adelaide, pela great ocean road. Nem vos passa pela cabeça o mortinha que estou para arrancar à aventura. Esta viagem não é só pelo descanso, é também pela vontade que tenho de explorar este país (que adoro cada dia mais) e pelo tempo que eu e o Sr. Vaz merecemos juntos. Prometo fotos (NV vai daqui uma grande beijoca pelo empréstimo da máquina. Em breve mail), muitas fotos e relatos daquela que acho que vai com certeza ser uma das viagens da minha vida.
A segunda:
A segunda... cum camander... se algum dia alguém me dissesse que esta possibilidade estava no caminho da minha vida, ia jurar que esse alguém me mentia. Estou muito orgulhosa de mim mesma. Sinto pela primeira vez que o meu esforço afinal compensa (ou pode compensar) e claro, que este sentimento só poderia ter nascido neste país (onde quem põe a foto no CV é levado a mal).
Aconteceu depois do prémio de Marketing Management que a Universidade me atribuiu. E depois das três distinctions que tive em Brand Management. O meu prof lançou-me o convite/desafio para fazer o PhD sob a sua supervisão e convidou-me para trabalhar como assistente dele (caso o PhD vá para a frente). Claro que um processo destes implica uma série de decisões burocráticas e claro que eu só posso avançar se tiver acesso a uma bolsa, mas só o facto disto ter acontecido já me deixou nas sete quintas.
E é isto meus pequenos leitores das minhas cartas. Amanhã não sei, mas hoje, estou feliz.
E agora na Segunda-feira tenho o ultimo exame e depois é tempo de relax. É tempo de reflectir neste último ano e nas aventuras que tenho vivido e nas oportunidades que me têm aparecido. Um especial agradecimento à TVI por me ter despedido, eu sabia que vocês sabiam que eu era um talento perdido fechada nessa redacção!
PS: Aos mails em atraso, especialmente o que vai para a Finlândia, as minhas desculpas. Segunda feira, prometo estar agarrada ao PC a escrever!
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer." Fernando Pessoa
26/11/2011
25/11/2011
A beleza da partilha de casa
- Encontrar o namorado da flatmate na cozinha, às sete da manhã com a cabeça enfiada no frigorífico, e em cuecas (daquelas que ficam largas, e parecem uma fralda...azul cueca)
- Estar a estudar e ela estar a fazer um cagaçal do caraças a limpar a casa de banho
- Querer ver o Sexo & a Cidade, e ter de levar com o Elisabeth
- Estar a estudar e ela estar a fazer um cagaçal do caraças a limpar a casa de banho
- Querer ver o Sexo & a Cidade, e ter de levar com o Elisabeth
21/11/2011
Podia ter sido eu a escrever...
mas não fui. Da Isa:
"O problema desse povo que julga tudo e todos, que acha inadmissível, que grita muito é estar convencido de que a sua é a única verdade no mundo. E que tem de valer pra toda a gente. Não vale. Cada um tem direito à sua ilusão particular. Eu não mexo com a tua, não mexas com a minha. O povo tem dificuldade em entender a [opção de] vida de cada um, é isso...
E o que esse povo gosta de se ouvir? Nós não trocamos porra nenhuma, nós gostamos é de nos ouvir... E depois é assim, quem tem de se justificar muito e insistir muito, das duas uma, ou acha que o outro é surdo e/ou burro e não entendeu à primeira, ou procura convencê-lo, para se convencer a si. Porque quando nós estamos convencidos de uma coisa não levantamos a voz nem rebatemos o outro. Fazemos isso quando queremos convencê-lo. Já estamos cansados de debater esse tema aqui...
E, na boa, eu não vivi a vossa vida mas vocês também não viveram a minha. Daí que as conclusões a que ambos chegámos têm forçosamente de ser diferentes. Bem como as ilusões às quais nos agarrámos para evitar atirarmo-nos de uma ponte na primeira oportunidade. Já pra não falar na herança genética, geográfica e a porra toda que carregamos...
Daí que o que para mim é importante saber é diferente do que é importante saber pro marroquino que vende ganza aos turistas nos arrabaldes de chef chauen. No entanto, sabe da poda muito mais do que eu e se o mundo acabar morre a rir...
Pois se até na mesma imagem vemos coisas diferentes, o universo é o limite, meus filhos, não sejamos limitados.."
E, na boa, eu não vivi a vossa vida mas vocês também não viveram a minha. Daí que as conclusões a que ambos chegámos têm forçosamente de ser diferentes. Bem como as ilusões às quais nos agarrámos para evitar atirarmo-nos de uma ponte na primeira oportunidade. Já pra não falar na herança genética, geográfica e a porra toda que carregamos...
Daí que o que para mim é importante saber é diferente do que é importante saber pro marroquino que vende ganza aos turistas nos arrabaldes de chef chauen. No entanto, sabe da poda muito mais do que eu e se o mundo acabar morre a rir...
Pois se até na mesma imagem vemos coisas diferentes, o universo é o limite, meus filhos, não sejamos limitados.."
18/11/2011
Movember
Ora estava eu noutro dia sentada à porta da biblioteca à espera que a mesma abrisse quando vejo um rapazinho, alto e espadaúdo...com um farfalhudo bigode. Achei aquilo um bocado estranho considerando que o rapaz não teria mais de 20 anos. Cerca de trinta segundos depois olho para o lado e vejo outro rapazinho, não tão alto nem tão espadaúdo mas com cerca dos 20 anos também...com bigode.
"Alto lá! O Coelha Maria! Tu estás-me a querer dizer que o bigode está de volta e tu não estás a par da nova tendência?!!?". Lembrei-me imediatamente do NRA que passa a vida a chamar-me, carinhosamente, de bigoduda, e fiquei feliz por pensar que estava na moda!
Embuída nestes pensamentos, entro na biblioteca que entretanto abriu e vejo...mais um bigode. MAU! Pensei...algo se passa! Investiguei. Como quem tem boca (e facebook) vai a Roma descobri que estamos no mês de Movember. Ou seja, em Novembro, é costume, os homens deixarem crescer um bigode (o Mo) como símbolo de luta contra o cancro e para angariação de fundos para caridade.
Epá, acho a ideia genial, acho o máximo meia cidade andar de bigode, e digo já que é desta que deixo crescer o meu, tás ouvir oh NRA?
"Alto lá! O Coelha Maria! Tu estás-me a querer dizer que o bigode está de volta e tu não estás a par da nova tendência?!!?". Lembrei-me imediatamente do NRA que passa a vida a chamar-me, carinhosamente, de bigoduda, e fiquei feliz por pensar que estava na moda!
Embuída nestes pensamentos, entro na biblioteca que entretanto abriu e vejo...mais um bigode. MAU! Pensei...algo se passa! Investiguei. Como quem tem boca (e facebook) vai a Roma descobri que estamos no mês de Movember. Ou seja, em Novembro, é costume, os homens deixarem crescer um bigode (o Mo) como símbolo de luta contra o cancro e para angariação de fundos para caridade.
Epá, acho a ideia genial, acho o máximo meia cidade andar de bigode, e digo já que é desta que deixo crescer o meu, tás ouvir oh NRA?
Do "jornalismo" pobrezinho
Voltando ao assunto dos universitários ignorantes, não posso deixar de manifestar aqui a minha opinião sobre o trabalho da sra jornalista que assina a peça. (Já toda a gente sabe que sou menina de opiniões certo? Pronto vá...é que ultimamente tenho-me chateado bastante a tentar explicar que eu tenho DIREITO a ter opinião e a manifestá-la sempre que me é pedido ou num espaço como este, que é meu)
Ora a Sábado diz que entrevistou 100 estudantes universitários aos quais fez 10 perguntas...e o resultado é aquele? Quantas pessoas diferentes ali aparecem? Quantas só aparecem uma vez (indicando que talvez até tenham respondido certo às outras 9 perguntas)?
Parece-me que aquele trabalho "jornalístico" de jornalismo não tem nada. É manipulado, a jornalista sabia antes de ir fazer aquele vox-pop qual seria o resultado...a ideia nasceu para ridicularizar, criar polémica e... vender. (o que está a ser bem sucedido já que não se fala de outra coisa) E eu bem sei que as revistas, os jornais e as televisões têm de vender senão saem do mercado. Mas bolas... onde está o limite?
E depois tenho no Facebook colegas, ou melhor ex-colegas, jornalistas muito indignados quando se chama a atenção para o péssimo trabalho que a jornalista fez. É que os jornalistas têm este defeito. Acham que sabem tudo, têm um ego do tamanho do mundo e o olhar orientado para o próprio umbigo. Não conseguem reagir à critica e acham-se vítimas de uma sociedade que não os compreende e só os mal trata não lhes dando valor pelo seu imprescindível trabalho. Pois eu prescindo bem deste tipo de jornalismo que é generalista, manipulado e profundamente mau. Tem piada? Tem... As respostas são inacreditavelmente estúpidas? Sim, do piorzinho que já ouvi. É ilustrativo da realidade dos universitários portugueses? Não sei mas espero que não. Na realidade a reportagem nada acrescenta sobre isto. Trata-se apenas e um número de comédia que eu acho, profundamente, lamentável.
Ora a Sábado diz que entrevistou 100 estudantes universitários aos quais fez 10 perguntas...e o resultado é aquele? Quantas pessoas diferentes ali aparecem? Quantas só aparecem uma vez (indicando que talvez até tenham respondido certo às outras 9 perguntas)?
Parece-me que aquele trabalho "jornalístico" de jornalismo não tem nada. É manipulado, a jornalista sabia antes de ir fazer aquele vox-pop qual seria o resultado...a ideia nasceu para ridicularizar, criar polémica e... vender. (o que está a ser bem sucedido já que não se fala de outra coisa) E eu bem sei que as revistas, os jornais e as televisões têm de vender senão saem do mercado. Mas bolas... onde está o limite?
E depois tenho no Facebook colegas, ou melhor ex-colegas, jornalistas muito indignados quando se chama a atenção para o péssimo trabalho que a jornalista fez. É que os jornalistas têm este defeito. Acham que sabem tudo, têm um ego do tamanho do mundo e o olhar orientado para o próprio umbigo. Não conseguem reagir à critica e acham-se vítimas de uma sociedade que não os compreende e só os mal trata não lhes dando valor pelo seu imprescindível trabalho. Pois eu prescindo bem deste tipo de jornalismo que é generalista, manipulado e profundamente mau. Tem piada? Tem... As respostas são inacreditavelmente estúpidas? Sim, do piorzinho que já ouvi. É ilustrativo da realidade dos universitários portugueses? Não sei mas espero que não. Na realidade a reportagem nada acrescenta sobre isto. Trata-se apenas e um número de comédia que eu acho, profundamente, lamentável.
17/11/2011
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