Cartas


21/11/2011

Podia ter sido eu a escrever...

mas não fui. Da Isa:

"O problema desse povo que julga tudo e todos, que acha inadmissível, que grita muito é estar convencido de que a sua é a única verdade no mundo. E que tem de valer pra toda a gente. Não vale. Cada um tem direito à sua ilusão particular. Eu não mexo com a tua, não mexas com a minha. O povo tem dificuldade em entender a [opção de] vida de cada um, é isso...

E o que esse povo gosta de se ouvir? Nós não trocamos porra nenhuma, nós gostamos é de nos ouvir... E depois é assim, quem tem de se justificar muito e insistir muito, das duas uma, ou acha que o outro é surdo e/ou burro e não entendeu à primeira, ou procura convencê-lo, para se convencer a si. Porque quando nós estamos convencidos de uma coisa não levantamos a voz nem rebatemos o outro. Fazemos isso quando queremos convencê-lo. Já estamos cansados de debater esse tema aqui...

E, na boa, eu não vivi a vossa vida mas vocês também não viveram a minha. Daí que as conclusões a que ambos chegámos têm forçosamente de ser diferentes. Bem como as ilusões às quais nos agarrámos para evitar atirarmo-nos de uma ponte na primeira oportunidade. Já pra não falar na herança genética, geográfica e a porra toda que carregamos...

Daí que o que para mim é importante saber é diferente do que é importante saber pro marroquino que vende ganza aos turistas nos arrabaldes de chef chauen. No entanto, sabe da poda muito mais do que eu e se o mundo acabar morre a rir...

Pois se até na mesma imagem vemos coisas diferentes, o universo é o limite, meus filhos, não sejamos limitados.."

2 comentários:

Isa disse...

cheers, mate ;)

Magíka disse...

Gostei e partilho da opinião. :)