Um Domingo qualquer

E por aqui chove... não torrencialmente, mas o suficiente para não apetecer sair de casa. Ainda assim, e porque ontem tive um dia realmente mau, hoje obriguei-me a fazer coisas. Assim, depois de me levantar bem cedo - não sei se é por ser novidade mas aqui ainda me apetece levantar mais cedo do que era costume em Lisboa - e de falar com Portugal, resolvi ir ao Macquarie Centre, o shopping cá do sítio comprar leite, que já estava no fim. Foi com alegria que percebi, quando abri o meu mail, que tinha uma resposta a um anúncio de emprego que tinha enviado ontem. Valeu a pena o dia inteiro a escrever currículos e a procurar emprego. Amanhã às 9.30am tenho entrevista em Maroubra. É em Southwest Sydney, I think, e vou demorar cerca de hora e meia a chegar... mas enfim se for bem pago pode compensar. Sei que só de transporte, por semana, o passe custa 48 dólares... Terei de acordar cedíssimo, porque esta hora e meia de que falei é só o tempo de transporte, não estou a contar com os 30 minutos que demoro daqui de casa à estação de comboio.
Estou entusiasmada porque é a primeira, claro, mas também porque realmente preferia não trabalhar nem em cafés nem em restaurantes. Acho que não tem muito a ver comigo. Este trabalho é numa loja de roupa de senhora. Acho que é mais a minha cara. Enfim, aguardemos com serenidade que darei novidades assim que chegar a casa!
Hoje, eu e a Paulina, comprámos uma impressora multifunções a meias. Achámos que com os CVs que temos para imprimir e os futuros trabalhos da faculdade seria mais barato assim. E é giro que aqui é tudo estupidamente caro, mas a multifunções custou só 44 dólares. Este tipo de coisas aqui são baratas: computadores, impressoras, máquinas fotográficas, telemóveis... é tudo barato. Já uma merda de uma varinha mágica - que tanto precisava para fazer a minha sopa - custa uns 60 dólares. Ora portantos... parece que terei de esperar até recomeçar a fazer as minhas sopinhas que tanto gosto e que tanto jeito me dão.
Entretanto quando chegámos e depois de testarmos a impressora fui fazer o almoço, comer e aspirar. Aspirei a casa de cima a baixo, literalmente, enquanto a Paulina nos cozinhou uma tarte. Como não temos forma de tarte, ela usou uma frigideira gigante e meteu aquilo no forno...com cabo de plástico... Claro que o alarme disparou, estava uma cheiro aqui dentro a queimado que se não disparasse era porque não prestava! Lá tivemos de ligar ao nosso accomodation adviser, mas acabou por ficar tudo ok. Ficámos foi sem saber onde se desligar a merda do alarme...mas tudo bem .
Entretanto tratámos de lavar roupa e eu fui correr mesmo com a chuva. Descobri que perto do parque onde corro há um mini centro comercial com um restaurante, um café, um cabeleireiro, um ginásio e uma loja de conveniência. As lojas de conveniência aqui são muito importantes porque é onde carregamos os telemóveis e a internet. Não há cá carregamentos na net ou na ATM. Ah pois é...aqui vamos à loja de conveniência, dizemos com quanto queremos carregar, pagamos, é-nos dado um talão com um código. Depois ligamos para a operadora, seleccionamos a opção correcta, introduzimos o código que vem no talão e depois recebemos um sms a dizer então que já temos o carregamento efectuado. Como é possível... um país tão evoluído como este e os carregamentos ainda se fazem de forma arcaica...
Agora estou só à espera que a máquina de secar termine para eu poder ir tomar banho. É que tenho lá as toalhas a secar eh eh eh eh que pobreza... assim que começar a trabalhar a prioridade é a varinha mágica e umas toalhas extra! Como vêem não tenho ido a lado nenhum, mas vou deixar aqui mais fotos da casa para conhecerem o espaço melhor. Devo dizer que já não estava habituada, aliás acho que nunca estive, a aspirar alcatifa e custa comó catano! Amanhã novidades sobre a primeira job interview e claro mais fotos da cidade.

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Living room 

entrada e sala de jantar 

a famosa máquina de lavar roupa

O quintal nas traseiras