"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer." Fernando Pessoa
28/02/2012
Internship
Consegui, consegui, consegui! Começo nesta 5f, a equipa pareceu-me excelente, vou aprender SEO ( que era mesmo o que eu queria) eu sou a mais velha de todos (eh eh eh)e vou trabalhar num dos bairros que mais gosto na city: Darlinghurst! Wish me luck!
27/02/2012
Quem tem amigos...
...tem tudo. Mas daqueles à séria dos que se alegram por nós e que nos ajudam e que torcem pelos nossos sonhos. Esta miúda além de uma excelente profissional é daquelas que me ficou. Obrigada rapariga!
Aconselho-vos a visitarem o blog dela diariamente. Está devidamente linkado ali ao lado How do I look? e tem óptimas ideias para todas as ocasiões!
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24/02/2012
Eu sou, de facto, a maior!
Ah ah ah ah ah pode ser um título arrogante mas é como me sinto agora e, quem diz a sua verdade, não merece castigo sempre ouvi dizer.
Pois que mais uma Distinction entrou para o meu academic transcript com a disciplina de E-Business Marketing e na próxima semana vou ser entrevistada para o estágio que quero muito fazer, a minha primeira opção.
Agora vou ali à city largar umas centenas de dólares em roupa que isto há que estar preparada!
Pois que mais uma Distinction entrou para o meu academic transcript com a disciplina de E-Business Marketing e na próxima semana vou ser entrevistada para o estágio que quero muito fazer, a minha primeira opção.
Agora vou ali à city largar umas centenas de dólares em roupa que isto há que estar preparada!
18/02/2012
Aussie Holydays #5
Depois da corridinha matinal e já de banho tomado lá fomos nós. Tínhamos visto no dia anterior umas placas que apontavam na direcção das quedas de água. Achámos que podia ser um bom passeio e fomos ao posto de turismo investigar que atracção turística seria aquela. No dia seguinte lá fomos ver as Erskine Falls. Chegados lá não queriamos acreditar no frio que estava. Tudo bem que fomos 10 quilómetros sempre a subir, mas bolas cá em baixo calor de Verão e cá em cima um frio que não se podia? Começámos a descer os degraus que nos levariam às quedas o mais rápido que podíamos para aquecer! Primeira paragem para ver a grande, segunda paragem para ver a pequena. Momento registado e lá fomos nós. Estávamos ansiosos porque prevíamos ser naquele dia que íamos ver pela primeira vez koalas selvagens. A esta altura já toda a gente sabe que não sou uma pessoa muito próxima de animais… mas koalas…não são animais. São peluches dos verdadeiros! Lá fomos.
Estrada fora, eu de mapa na mão e ele de condutor, lá íamos discutindo onde valeria a pena parar. Decidimos pelo Teddy’s Lookout. Enfim, é só um miradouro para a praia, mas precisavamos do calorzinho que ali se fazia sentir porque ainda estavamos enregelados do frio que apanhámos na paragem anterior.
O bom da Great Ocean Road, além das maravilhas que se encontram pelo caminho, é que estão espalhados pelas bermas umas placas de bronze, com o pedaço de estrada onde nos encontramos, que conta a história do que ali se passou ou alguma curiosidade ou evento relacionado com a própria construção da estrada. É comum vermos muitas placas com a informação dos naufrágios que ali aconteceram, e muitas delas têm até uma lista com os nomes das vítimas. Já aqui o disse, este pessoal leva os seus mortos muito a sério. E eu acho bem!
Parámos para ver uma campa do capitão do W.B. Godfrey, que em 1891 vinha de São Francisco para Melbourne mas por pouco ñão conseguiu chegar. Nalguns sítios ainda se conseguem ver os destroços dos navios que foram ficando.
Fomos seguindo e eis senão quando vemos uma placa que indicava koalas. Virámos e fomos à procura. Enfim…esles estavam lá, mas eram só dois ou três e o Chris já me tinha dito que tinha visto dezenas deles. Devíamos estar no sítio errado, concluímos. Ainda assim lá fomos fazendo a perseguição koalina com os outros turistas.
A próxima paragem foi Castle Cove na região de Ngantwan, nome de proveniência indigena. Uma pequena cidadezinha localizada mesmo antes de uma das maiores atracções da Great Ocean Road: os Twelve Apostles. Ficámos muito contentes quando vimos a placa dos Twelve Apostles porque houve uma altura do percurso que pensámos que já tínhamos passado…e isto de fazer a Great Ocean Road e não ver esta atracção é no mínimo…como direi… estúpido.
Mais descansados, estacionámos o carro e lá fomos explorar. Ora então os Twelve Apostles mais não são do que dez…sim, dez, rochas plantadas no meio do oceano. Consegue-se ver onde estavam os outros dois que entretanto caíram por força da erosão, e consegue-se percerber qual será o próximo a cair… mas a sério, dezenas de pessoas a acotovelarem-se para ver rochas? É que assim de repente não achei aquela paisagem muito diferente das outras que vimos antes…
Já se estava a fazer tarde e queríamos mesmo era chegar ao local onde íamos passar a noite. Mais uma vez o maridini marcou pontos pela excelente local que escolheu. Montámos a tenda e fomos passear. Estava frio mas pudemos ver o percurso que faríamos para a nossa corrida matinal.
Este parque tinha cozinha! Yuppiiiieeee! Bom… o barbeque que fizémos em Lorne foi bem bom… mas com o frio que se fazia sentir apetecia mesmo uma cozinha resguardada.
Jantámos e anoiteceu. E que bom é não ter televisão, nem electricidade nem nada que nos distraísse um do outro.
Estrada fora, eu de mapa na mão e ele de condutor, lá íamos discutindo onde valeria a pena parar. Decidimos pelo Teddy’s Lookout. Enfim, é só um miradouro para a praia, mas precisavamos do calorzinho que ali se fazia sentir porque ainda estavamos enregelados do frio que apanhámos na paragem anterior.
O bom da Great Ocean Road, além das maravilhas que se encontram pelo caminho, é que estão espalhados pelas bermas umas placas de bronze, com o pedaço de estrada onde nos encontramos, que conta a história do que ali se passou ou alguma curiosidade ou evento relacionado com a própria construção da estrada. É comum vermos muitas placas com a informação dos naufrágios que ali aconteceram, e muitas delas têm até uma lista com os nomes das vítimas. Já aqui o disse, este pessoal leva os seus mortos muito a sério. E eu acho bem!
Parámos para ver uma campa do capitão do W.B. Godfrey, que em 1891 vinha de São Francisco para Melbourne mas por pouco ñão conseguiu chegar. Nalguns sítios ainda se conseguem ver os destroços dos navios que foram ficando.
Fomos seguindo e eis senão quando vemos uma placa que indicava koalas. Virámos e fomos à procura. Enfim…esles estavam lá, mas eram só dois ou três e o Chris já me tinha dito que tinha visto dezenas deles. Devíamos estar no sítio errado, concluímos. Ainda assim lá fomos fazendo a perseguição koalina com os outros turistas.
A próxima paragem foi Castle Cove na região de Ngantwan, nome de proveniência indigena. Uma pequena cidadezinha localizada mesmo antes de uma das maiores atracções da Great Ocean Road: os Twelve Apostles. Ficámos muito contentes quando vimos a placa dos Twelve Apostles porque houve uma altura do percurso que pensámos que já tínhamos passado…e isto de fazer a Great Ocean Road e não ver esta atracção é no mínimo…como direi… estúpido.
Mais descansados, estacionámos o carro e lá fomos explorar. Ora então os Twelve Apostles mais não são do que dez…sim, dez, rochas plantadas no meio do oceano. Consegue-se ver onde estavam os outros dois que entretanto caíram por força da erosão, e consegue-se percerber qual será o próximo a cair… mas a sério, dezenas de pessoas a acotovelarem-se para ver rochas? É que assim de repente não achei aquela paisagem muito diferente das outras que vimos antes…
Já se estava a fazer tarde e queríamos mesmo era chegar ao local onde íamos passar a noite. Mais uma vez o maridini marcou pontos pela excelente local que escolheu. Montámos a tenda e fomos passear. Estava frio mas pudemos ver o percurso que faríamos para a nossa corrida matinal.
Este parque tinha cozinha! Yuppiiiieeee! Bom… o barbeque que fizémos em Lorne foi bem bom… mas com o frio que se fazia sentir apetecia mesmo uma cozinha resguardada.
Jantámos e anoiteceu. E que bom é não ter televisão, nem electricidade nem nada que nos distraísse um do outro.
07/02/2012
E não é que passou um ano?
Um ano. Faz hoje um ano que aterrei nesta bela terra e que a minha vida mudou para sempre. Eu mudei para sempre. A rabbit maria que para cá veio não é a mesma que saiu de Portugal. Alarguei os horizontes, conheci outras culturas, aprendi tanto! Desfiz preconceitos, deixei-me de algumas paneleirices, não abandonei o meu pessimismo inato mas arranjei outra forma de o viver, ganhei prémios, amigos novos, reconhecimento, sonhos... entendi o mundo. E, acima de tudo, descobri que não sou eu que estou errada.
Saí de Portugal a pensar que era uma inadaptada, que exigir respeito pelo meu trabalho e pelas condições em que trabalho era mais uma das facetas da minha intolerância, do meu mau feitio. Mas descobri aqui que não sou eu que estou errada. Portugal está errado. Os acomodados, resignados e outros que tais estão errados. Os que não querem saber, que não lutam pelos seus direitos, que não se importam com dignidade, estão errados. Não eu, como me quiseram fazer crer. É, de facto, possível ter uma vida muito mais digna e pela qual vale a pena sorrir diariamente. Respeito, justiça e reconhecimento são coisas que nunca tive em Portugal, ou tive muito pouco, e que aqui tenho diariamente, a cada minuto. Mesmo sendo uma simples empregada de mesa (o que by the way, aqui é igual ao litro...waitress ou doctor são todos iguais).
Isto tudo não consegui sozinha. Acredito que, por natureza e necessidade, nenhum de nós consegue seja o que for absolutamente sozinho. Quem assim o diz, mente. Não fossem algumas pessoas, a concretização deste meu projecto, este meu crescimento, no fundo, esta minha aventura, não teria sido possível. Por isso, e findo um ano, não posso deixar de reiterar aqui o meu profundo sentimento de agradecimento por:
1- O meu marido. Sempre em primeiro lugar, em tudo na minha vida. Foi ele quem teve a ideia, foi ele quem me apoiou no início e sempre. Quando me vou abaixo, quando festejo. Sempre presente mesmo quando está do outro lado do mundo, é a ele que devo em primeiro lugar esta oportunidade e foi também, em parte, por ele que vim.
2- A minha A. e o seu respectivo P. Sem eles estava bem lixada, nunca poderíamos estar cada um na sua parte do mundo sem que alguém nos tratasse dos pormenores burocráticos. Obrigada, bem sei que ter de ir ver o correio e abrir torneiras a casa alheia é, por vezes, uma chatice. Quanto mais ter de tratar de carros com bolor, atrasados mentais do tribunal, mandar-me encomendas e afins...Tudo isto sempre com enorme apoio. Vocês são os maiores!
3 - Ao Chris,que conheci aqui e que me tem ajudado tanto, mas tanto que acho que nunca poderei agradecer-lhe convenientemente. Esclarece sempre as minhas dúvidas, por mais estúpidas que sejam, sem me fazer sentir a pessoa mais burra da face da Terra, é um excelente colega e ainda por cima giro que se farta. Thanks man! You're a really good mate, the best one can have!
4- À Blue. Esta menina anda de dedos torcidos há um ano, arriscando-se a problemas de reumático permanentes. Não é fácil, mas tem ajudado. Obrigada pelo entusiasmo, pela presença.
5 - Ao P. e ao NV, porque não me deixam ir abaixo e me lembram o porquê desta decisão. Ver o vosso nome na caixa de entrada do e-mail faz-me mais feliz.
6 - A todos os que vêm aqui, que me deixam comentários, que me animam e mesmo àqueles que me deixaram comentários parvalhões na entrevista: obrigada por me lembrarem porque é que precisei de sair da pequenez portuguesa (vá e agora tirem-me lá a cidadania!).
Tem sido um caminho magnífico. Tenho descoberto uma enorme capacidade de superação, tenho melhorado os meus níveis de determinação (que sempre foram altos), tenho-me sentido mais feliz do que alguma vez fui, tenho sentido mais saudades do que alguma vez tive, mas menos do que pensei que ia ter.
Num ano este país deu-me mais do que me deu Portugal em 31 e, só por isso, mesmo que este percurso continue noutra parte do mundo, tenho também a agradecer a esta terra, que não sendo perfeita, é a melhor que já conheci.
Saí de Portugal a pensar que era uma inadaptada, que exigir respeito pelo meu trabalho e pelas condições em que trabalho era mais uma das facetas da minha intolerância, do meu mau feitio. Mas descobri aqui que não sou eu que estou errada. Portugal está errado. Os acomodados, resignados e outros que tais estão errados. Os que não querem saber, que não lutam pelos seus direitos, que não se importam com dignidade, estão errados. Não eu, como me quiseram fazer crer. É, de facto, possível ter uma vida muito mais digna e pela qual vale a pena sorrir diariamente. Respeito, justiça e reconhecimento são coisas que nunca tive em Portugal, ou tive muito pouco, e que aqui tenho diariamente, a cada minuto. Mesmo sendo uma simples empregada de mesa (o que by the way, aqui é igual ao litro...waitress ou doctor são todos iguais).
Isto tudo não consegui sozinha. Acredito que, por natureza e necessidade, nenhum de nós consegue seja o que for absolutamente sozinho. Quem assim o diz, mente. Não fossem algumas pessoas, a concretização deste meu projecto, este meu crescimento, no fundo, esta minha aventura, não teria sido possível. Por isso, e findo um ano, não posso deixar de reiterar aqui o meu profundo sentimento de agradecimento por:
1- O meu marido. Sempre em primeiro lugar, em tudo na minha vida. Foi ele quem teve a ideia, foi ele quem me apoiou no início e sempre. Quando me vou abaixo, quando festejo. Sempre presente mesmo quando está do outro lado do mundo, é a ele que devo em primeiro lugar esta oportunidade e foi também, em parte, por ele que vim.
2- A minha A. e o seu respectivo P. Sem eles estava bem lixada, nunca poderíamos estar cada um na sua parte do mundo sem que alguém nos tratasse dos pormenores burocráticos. Obrigada, bem sei que ter de ir ver o correio e abrir torneiras a casa alheia é, por vezes, uma chatice. Quanto mais ter de tratar de carros com bolor, atrasados mentais do tribunal, mandar-me encomendas e afins...Tudo isto sempre com enorme apoio. Vocês são os maiores!
3 - Ao Chris,que conheci aqui e que me tem ajudado tanto, mas tanto que acho que nunca poderei agradecer-lhe convenientemente. Esclarece sempre as minhas dúvidas, por mais estúpidas que sejam, sem me fazer sentir a pessoa mais burra da face da Terra, é um excelente colega e ainda por cima giro que se farta. Thanks man! You're a really good mate, the best one can have!
4- À Blue. Esta menina anda de dedos torcidos há um ano, arriscando-se a problemas de reumático permanentes. Não é fácil, mas tem ajudado. Obrigada pelo entusiasmo, pela presença.
5 - Ao P. e ao NV, porque não me deixam ir abaixo e me lembram o porquê desta decisão. Ver o vosso nome na caixa de entrada do e-mail faz-me mais feliz.
6 - A todos os que vêm aqui, que me deixam comentários, que me animam e mesmo àqueles que me deixaram comentários parvalhões na entrevista: obrigada por me lembrarem porque é que precisei de sair da pequenez portuguesa (vá e agora tirem-me lá a cidadania!).
Tem sido um caminho magnífico. Tenho descoberto uma enorme capacidade de superação, tenho melhorado os meus níveis de determinação (que sempre foram altos), tenho-me sentido mais feliz do que alguma vez fui, tenho sentido mais saudades do que alguma vez tive, mas menos do que pensei que ia ter.
Num ano este país deu-me mais do que me deu Portugal em 31 e, só por isso, mesmo que este percurso continue noutra parte do mundo, tenho também a agradecer a esta terra, que não sendo perfeita, é a melhor que já conheci.
04/02/2012
You can do anything you set your mind to
E eu finalmente, hoje, aprendi a andar de bicicleta. Gozem à vontade que eu própria gozo, mas tinha de escrever isto. Estou tão feliz que andei a pedalar a tarde toda no parque a sorrir e a assobiar a música do Verano azul.
01/02/2012
Arrumações
Já perceberam que ando a arrumar a casa... como não tenho assim grandes conhecimentos da coisa ando a apalpar terreno... Não se admirem portanto que isto esteja diferente todos os dias. Entretanto, já há página no Facebook. Só ainda não sei é pôr aqui a aplicação que direcciona para lá... com calma lá chegarei!
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